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A prostituição na mira da mídia

                                                                                                                                Por Leidiany Lisley

A noite, em Brasília, qualquer pessoa que passa pela ruas laterais do Setor Comercial Sul não deixa de notar prostitutas, travestis e usuários de drogas que fazem parte do cenário da capital do país.        


Prostituição em Brasília
(acesse este vídeo antes de ler o texto abaixo)
 
       

O tema prostituição é abordado pela mídia brasiliense através do viés econômico, deixando de atuar de forma positiva propondo discussões que auxiliem cada vez mais essa minoria social.
Foto retirada do site https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEKDGLjH03efoZCO61qBDJ1Z8-4BT_Zb458udftk8TxCX4iwgQjyoQEm1uM8rllMOka6GUkb7y1oAOmsn42kVftPTIeGNFTO18KY-16asS_Eck8ng6NAY5ZJMk5hzSk8IlHBajrQklN4o/

Segundo a coordenadora do Núcleo de Estudos de Prostituição Elizangêla Leite, a vida das garotas de programa é condenável pela imprensa, que transmite ao receptor a mensagem de criminalidade, pobreza e vida desprezível.
Tida como a "profissão mais antiga do mundo", as prostitutas se inserem na sociedade, passando por discriminação, preconceito e agressões, além de polêmicas que envolvam personagens desse estilo de vida.
            Para ilustrar fatos como esses a mídia, em sua maioria, noticia os riscos e desafios que mulheres pobres vivenciam na venda do corpo para sobreviver. Um exemplo é a matéria Damas da noite, de Bruna Adelaide, da Revista Cotidiano que caracteriza e descreve a vida e a situação das prostitutas, que vivem em condições marginalizadas, justificando a escolha por esse tipo de vida.
            O que se destacou nesse meio foi o livro Contos de Bordel em que a prostituição feminina foi abordada de uma forma diferenciada. Na boca do lixo, as jornalistas Renata Bortoleto, Ana Laura Diniz e Michele Izawa se aprofundaram no tema e vivenciaram um pouco da vida de prostitutas, clientes, funcionários, dançarinas de strip

tease e empresários do sexo, contando como venceram medos e preconceitos, buscando informações não só na rotina dessas pessoas, mas o que havia por trás dessa realidade.
            Para o jornalista e professor Lunde Braghini o tema é sempre recorrente na mídia, é abordado do ponto de vista do senso comum. “Os elementos abordados são prostíbulos, exposição a doenças e proibição do sexo”. Segundo ele, hoje, novos temas poderiam ser trabalhados no debate jornalístico como a carteira de trabalho e o fato de que o sexo não vem só pela necessidade, mas sim como uma opção. “A prostituição é mais pela oportunidade do que pela necessidade”, reforçou o acadêmico.
            Pela visão dele, a mídia condena o sexo por prazer por estar inserida em uma sociedade que continua com a tradição. Ele propõe aos jornalistas que prestem mais atenção nos movimentos sociais e nos seus impactos, do que ficar somente ilustrando as situações.
            Veja mais nos sites:
Midia e prostituição
Interesses globais e a prostituição
Globo e a garota
A mídia e o erotismo


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